terça-feira, 25 de outubro de 2011

Justiça é o que queremos

No dia 20 de setembro de 2011, em reunião na cidade de Belo Horizonte, o Desembargador Reinaldo Porta Nova, bateu o martelo acatando pedido da defesa dos assassinos de Igor Xavier, através de representação do juiz Antonio de Souza Rosa que, num ato de extrema benevolência, pediu o desaforamento do processo para a capital mineira livrando assim os pobres bandidos da minha ira; pois segundo esse cidadão eu (Marlene Xavier, mãe de Igor) sou uma ameaça à integridade física dos assassinos: Ricardo Athayde Vasconcelos e Diego Rodrigues Athayde Vasconcelos, podendo inclusive influenciar na decisão do júri.

Que poder diabólico é esse que eu não sabia que tinha? Até hoje eu pensava que só sabia amar. É por amor que choro a morte do meu filho, amo quando o homenageio na Semana Cultural Igor Xavier e exerço esse amor trabalhando na Associação Sociocultural Igor Vive; "Se o meu amor é capaz de matar, imaginem o que pode fazer o meu odiar".

Não tenho como levar meus amigos para Belo Horizonte, mas tenho certeza de que aquele tribunal estará tão cheio de anjos que mal haverá lugar para os que serão obrigados a comparecer.

Fazendo da fraqueza a minha força, me ergo de novo das cinzas e de toda luta inglória travada aqui em Montes Claros, e novamente coloco nas mãos do Senhor o desfecho dessa história triste e muito doida.


Marlene Xavier

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